Pare de Deixar Dinheiro na Mesa As Dicas Essenciais de Negociação Para Gerentes de Compras

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Aquela sensação de incerteza antes de uma negociação salarial… quem nunca sentiu? Para nós, gerentes de compras, que vivemos a pressão diária de otimizar custos e garantir a fluidez da cadeia de suprimentos, essa conversa sobre remuneração deveria ser um campo dominado, mas nem sempre é.

Pelo contrário, muitas vezes nos pegamos pensando se estamos pedindo demais ou de menos, perdendo uma oportunidade de ouro para valorizar nossa expertise e o impacto direto que temos nos resultados da empresa.

Senti na pele essa insegurança em várias etapas da minha carreira. Lembro-me de uma vez, após um projeto desafiador que economizou uma fortuna para a empresa, cheguei na mesa de negociação com um roteiro mental de como me posicionar, mas a adrenalina e o medo de uma recusa me fizeram vacilar.

O resultado? Consegui um aumento, sim, mas menor do que eu sabia que merecia e do que o mercado pagava para um perfil como o meu. Essa experiência me fez perceber que a arte da negociação salarial para um gerente de compras vai muito além de ter um bom desempenho; exige uma estratégia sólida, baseada em dados, autoconhecimento e uma boa dose de coragem.

No cenário atual, onde a digitalização avança a passos largos e a inteligência artificial começa a redefinir funções – pense em como a IA está otimizando a análise de fornecedores e a previsão de demanda, por exemplo –, nosso papel está mais estratégico do que nunca.

Não somos apenas compradores; somos gestores de risco, inovadores e peças-chave na construção de cadeias de suprimentos resilientes e sustentáveis. A inflação, o custo de vida crescente e a competição por talentos fazem com que a valorização justa do nosso trabalho seja crucial.

É preciso saber argumentar o seu valor em um mundo onde as empresas buscam não só eficiência, mas também agilidade e capacidade de adaptação a crises imprevistas, como as que vivemos nos últimos anos com as disrupções globais.

Mostrar que você é um profissional preparado para os desafios do futuro, com foco em ESG e na otimização impulsionada por tecnologia, é o seu maior trunfo.

Abaixo, vamos explorar as estratégias para virar esse jogo a seu favor.

Analisando Sua Posição e o Cenário Atual de Mercado

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Antes de sentar à mesa, é fundamental ter uma clareza cristalina sobre o seu valor. E não falo apenas do que você acha que merece, mas do que o mercado realmente está pagando por profissionais com sua experiência, suas habilidades e, acima de tudo, o impacto que você gera. Eu já cometi o erro de ir para uma negociação com base em “achismos” ou no que um colega ganhava em outra empresa, sem considerar as especificidades do meu cargo e da minha organização. Foi um despertar doloroso quando percebi que, por mais que eu fosse bom, faltava uma base de dados sólida para sustentar meus argumentos. A realidade é que o mundo das compras é dinâmico, e a valorização do nosso papel varia muito com o setor, o tamanho da empresa e até mesmo a localização geográfica. Um gerente de compras em uma multinacional de tecnologia, que gerencia contratos complexos de software e semicondutores, certamente terá uma remuneração diferente de um em uma empresa de varejo menor, focado em negociação de produtos de prateleira, mesmo que ambos sejam excelentes em suas funções. É como comparar maçãs com laranjas se você não olhar para o contexto específico.

1. Pesquisa de Mercado Detalhada e Ajustada à Sua Realidade

Comece sua jornada de autoconhecimento e valorização com uma pesquisa de mercado implacável. Não se limite a sites genéricos de vagas; procure relatórios salariais de associações de profissionais de compras, consulte headhunters especializados na área de supply chain, e converse, com ética, com colegas de confiança em outras empresas. Plataformas como LinkedIn Salários ou Glassdoor podem ser um bom ponto de partida, mas lembre-se de filtrar as informações pela sua localização (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, ou mesmo Portugal, por exemplo, terão realidades diferentes), o porte da empresa, o setor de atuação e a complexidade do seu papel. Por exemplo, se você gerencia categorias estratégicas com alto valor agregado e risco, seu perfil é muito mais valorizado do que alguém focado em compras transacionais. Entenda também o cenário econômico macro: a inflação, o custo de vida na sua cidade e a escassez de talentos na sua área são fatores que pesam na balança. Eu, pessoalmente, crio uma planilha onde anoto todas essas informações, inclusive a faixa salarial para diferentes níveis de senioridade, para ter uma visão completa e embasada antes de qualquer conversa.

2. Avaliando Suas Conquistas e Contribuições Tangíveis

Aqui entra a parte que muitos gerentes de compras, inclusive eu no passado, subestimam: quantificar o impacto do seu trabalho. Não basta dizer que você “otimizou custos”; você precisa demonstrar em números reais o quanto sua gestão economizou, o quanto você mitigou de riscos, ou o quanto sua negociação acelerou um projeto crítico. Pense nos projetos que você liderou: Qual foi a economia gerada em um contrato de longo prazo com um fornecedor estratégico? Você conseguiu uma melhoria significativa nos termos de pagamento, liberando fluxo de caixa para a empresa? Sua negociação garantiu a disponibilidade de um componente crítico durante uma crise de suprimentos, evitando interrupções na produção? Use exemplos concretos e, se possível, dados verificáveis. Eu costumo manter um “portfólio de vitórias” atualizado, com descrições concisas de cada projeto, os desafios, minhas ações e, o mais importante, os resultados mensuráveis. Esse portfólio se torna seu melhor amigo na hora de provar seu valor e justificar o aumento que você busca.

Construindo Seu Caso: Dados Concretos e Provas Irrefutáveis

Depois de entender seu valor de mercado e ter uma noção clara de suas próprias conquistas, o próximo passo é transformar tudo isso em um argumento irrefutável. A negociação salarial não é um pedido, é uma proposta de valor. E como toda boa proposta de valor, ela precisa ser baseada em fatos, não em emoções. Lembro-me de uma vez em que um colega meu tentou negociar um aumento mencionando apenas que estava “sobrecarregado” e que seu “custo de vida havia subido”. O resultado? Um “não” categórico. A empresa não se importa com a sua conta de luz, por mais empática que possa parecer; ela se importa com o valor que você traz para o negócio. Para nós, gerentes de compras, isso é ainda mais evidente, pois trabalhamos diretamente com a otimização de recursos e a minimização de despesas. A habilidade de demonstrar de forma clara e concisa como você impacta o lucro, a eficiência e a resiliência da cadeia de suprimentos é o seu superpoder. É sobre apresentar um relatório bem elaborado, quase como uma auditoria interna do seu próprio desempenho, que não deixe dúvidas sobre a sua contribuição indispensável.

1. O Poder dos Números: Traduzindo Resultados em Economia

Seja cirúrgico ao apresentar seus resultados. Em compras, números falam mais alto do que qualquer outra coisa. Se você renegociou um contrato e economizou 10% em um custo anual de 1 milhão de euros, isso são 100 mil euros no bolso da empresa. Não diga “eu economizei bastante”, diga “minhas negociações resultaram em uma economia de X euros anuais, equivalente a Y% do orçamento da área”. Vá além da economia direta: você reduziu prazos de entrega? Isso otimiza o capital de giro. Você diversificou a base de fornecedores? Isso diminui riscos e aumenta a resiliência da cadeia. Mostre como suas ações se traduzem em valor estratégico para a organização. Se possível, relacione suas conquistas aos objetivos macro da empresa. Por exemplo, se a empresa busca sustentabilidade, mostre como você integrou fornecedores com práticas ESG, e qual o impacto financeiro (e de imagem) dessa iniciativa. Eu sempre penso: se fosse uma negociação com um fornecedor, quais dados ele me traria para justificar o preço? Eu trago os mesmos dados (ou melhores) para justificar o meu.

2. Provas e Exemplos Concretos: O Seu Portfólio de Sucesso

Sua argumentação deve ser recheada de exemplos. Não hesite em descrever brevemente a situação, o desafio, a ação que você tomou e o resultado mensurável. Ter esses exemplos na ponta da língua ou, melhor ainda, em um documento de apoio, é um diferencial. Eu já levei para reuniões de negociação gráficos simples que mostravam a evolução dos custos de determinada categoria sob minha gestão, ou a redução do lead time de um produto crítico. Isso não só demonstra preparo, mas também profissionalismo e o seu comprometimento com a transparência e os resultados. Lembre-se, o objetivo é mostrar que você não é apenas um executor, mas um estrategista que contribui ativamente para os objetivos de negócio da empresa. Essa narrativa visual e quantitativa cria uma imagem muito mais forte do seu valor do que meras afirmações. É a diferença entre dizer “sou bom” e “aqui estão as provas de que sou excelente e lucrativo para a empresa”.

Dominando a Abordagem: Timing e Estratégia da Conversa

Escolher o momento certo para abordar a questão salarial é tão crucial quanto ter os dados em mãos. É como em uma negociação com fornecedores: você não fecha um acordo importante no meio de uma crise ou quando o mercado está instável, a menos que seja uma oportunidade única de mercado. Da mesma forma, sua negociação interna deve ser strategicamente programada. Eu já tentei iniciar essa conversa em momentos inoportunos e o resultado foi sempre desanimador, ou então a questão era “empurrada com a barriga” para um futuro incerto. A pressa pode ser inimiga da perfeição, e isso vale ouro quando se trata de algo tão delicado quanto a sua remuneração. O ideal é que a empresa já esteja com uma percepção positiva e recente das suas contribuições, e que você não pareça estar forçando a barra ou agindo por impulso. A paciência estratégica, combinada com a ação decisiva no momento oportuno, pode fazer toda a diferença no desfecho da sua negociação.

1. Identificando o Momento Ideal para Iniciar a Negociação

O melhor momento para pedir um aumento geralmente é após uma grande conquista sua que impactou positivamente a empresa, ou durante o seu ciclo de avaliação de desempenho, quando seus resultados estão sendo formalmente revisados. Se você acabou de fechar uma negociação crucial que gerou uma economia substancial ou garantiu o suprimento de um item escasso, esse é o seu auge. Aproveite essa onda de sucesso. Se a empresa está em um bom momento financeiro, com resultados positivos divulgados, ou se está crescendo e contratando, isso também pode indicar um bom clima para sua solicitação. Evite momentos de corte de custos generalizados, crises financeiras da empresa, ou períodos de grande estresse para seu superior. Iniciar a conversa no momento errado pode dar a impressão de falta de sensibilidade ou de desconexão com a realidade da empresa. É como em uma boa negociação de compras: você entende o cenário do fornecedor antes de fazer sua oferta. Aqui, o “fornecedor” é a empresa.

2. Como e Com Quem Iniciar a Conversa

A abordagem deve ser profissional e focada no valor. Marque uma reunião com seu gestor direto, e se for o caso, com alguém do RH, caso a empresa tenha essa estrutura para negociações salariais. Evite “pegar” seu chefe no corredor para esse tipo de conversa. Peça uma reunião específica para “discutir meu desenvolvimento de carreira e minhas expectativas salariais”. Isso prepara o terreno e mostra seriedade. Venha preparado com seus dados e argumentos. Evite comparar seu salário com o de colegas, a menos que você tenha uma base muito sólida e generalizada de dados de mercado para sustentar isso, e mesmo assim, foque no seu próprio valor. Mantenha a calma, a postura e a confiança. Lembre-se que você está apresentando um caso, não implorando. Se houver recusa inicial, pergunte o que seria necessário para atingir o nível salarial desejado ou quais são os próximos passos para que isso aconteça em um futuro próximo. Essa postura proativa mostra seu comprometimento e sua capacidade de planejamento.

Aspecto Estratégia de Sucesso Armadilhas a Evitar
Preparação Pesquisar salários de mercado, quantificar conquistas (economias, otimizações), entender a saúde financeira da empresa. Focar em “achismos”, comparar-se a colegas sem dados, ignorar o cenário econômico da empresa.
Timing Após grandes entregas/sucessos, durante avaliação de desempenho, em momentos de crescimento da empresa. Durante crises, cortes de custos, ou sem aviso prévio/agenda formal.
Abordagem Agendar reunião formal, focar em valor e contribuições, usar dados e exemplos concretos. Fazer exigências, ser emocional, ameaçar sair da empresa, falar de problemas pessoais.
Negociação Estar aberto a pacotes de benefícios (não só salário), ter um “plano B”, saber ouvir. Ser inflexível, não propor alternativas (benefícios, bônus), não entender o “não”.
Pós-Negociação Manter o alto desempenho, continuar entregando resultados, rever objetivos. Relaxar no desempenho, não acompanhar as promessas (se houver), não buscar feedback.

Ampliando o Olhar: Negociando o Pacote de Compensação Completo

Muitos profissionais, ao pensarem em negociação salarial, focam exclusivamente no salário base. E por muito tempo, eu também caí nessa armadilha. Minha mentalidade era simples: mais dinheiro no contracheque. Contudo, a experiência me ensinou que a compensação vai muito além do valor nominal que cai na sua conta todo mês. Um pacote de benefícios robusto, oportunidades de desenvolvimento e até mesmo a flexibilidade no trabalho podem ter um valor financeiro e de qualidade de vida que, muitas vezes, supera um aumento marginal no salário. Pense em como um plano de saúde superior, um vale-refeição generoso, ou a possibilidade de trabalhar em regime híbrido podem impactar seu orçamento e seu bem-estar. Em um mercado competitivo, onde as empresas buscam reter talentos, elas estão cada vez mais abertas a negociar esses itens, especialmente se o salário base estiver em um teto pré-estabelecido. Minha dica é sempre ter uma lista de prioridades para além do salário. Às vezes, um curso de especialização pago pela empresa ou a participação em um congresso internacional pode agregar muito mais valor à sua carreira no longo prazo do que um aumento de 5% no salário, abrindo portas para futuras promoções e ganhos ainda maiores.

1. Explorando Benefícios e Bonificações Alternativas

Se o salário base não puder ser negociado até o valor que você almeja, ou se você já estiver em um nível salarial competitivo, mude o foco para outros componentes do pacote de compensação. Pergunte sobre bônus por desempenho (e como eles são calculados e alcançados), participação nos lucros, planos de previdência privada, seguro de vida, ou auxílios educacionais para você ou sua família. Em algumas empresas, é possível negociar um carro da empresa ou um vale combustível generoso, especialmente se você tiver muitas visitas a fornecedores. Há também os benefícios intangíveis, mas de grande valor, como flexibilidade de horário, dias de folga extras, ou a possibilidade de um modelo de trabalho híbrido ou totalmente remoto, que pode gerar economias significativas em transporte e alimentação. Faça as contas: um bom plano de saúde pode valer centenas de euros por mês se você tivesse que pagar por ele individualmente. Não subestime o poder de negociação que você tem em relação a esses itens.

2. Investimento em Desenvolvimento Profissional e Carreira

Para um gerente de compras, manter-se atualizado é vital. A área evolui rapidamente com novas tecnologias (IA, blockchain em supply chain), metodologias (Agile Procurement) e exigências (ESG). Negociar o acesso a treinamentos, certificações (como CPSM ou um MBA em gestão de supply chain), workshops, ou a participação em conferências do setor pode ser um investimento direto na sua empregabilidade e em seu potencial de ganhos futuros. É uma via de mão dupla: a empresa investe em você, e você se torna um profissional ainda mais valioso para ela. Eu já negociei um curso de pós-graduação em uma área específica de análise de dados que era crucial para minha função e que, para mim, teve um valor imenso. Além disso, discuta planos de carreira claros. Existe um plano de sucessão? Quais são os pré-requisitos para uma promoção a um cargo de liderança sênior? Ter clareza sobre o seu caminho e o apoio da empresa para percorrê-lo é parte integrante de um pacote de compensação satisfatório. Afinal, estamos construindo carreiras, não apenas empregos.

Mantendo a Resiliência e o Profissionalismo Pós-Negociação

A negociação salarial, por mais bem-sucedida que seja, é apenas uma etapa. O verdadeiro desafio, e a prova de sua competência e profissionalismo, reside no que acontece depois. Seja qual for o resultado – um aumento completo, um pacote de benefícios alternativo, ou até mesmo um “não” com um plano para o futuro – sua postura e desempenho subsequente são fundamentais para consolidar sua reputação e pavimentar o caminho para futuras oportunidades. Eu já vi colegas, após uma negociação bem-sucedida, relaxarem no desempenho, como se o aumento fosse um ponto final. Isso é um erro crasso. Da mesma forma, vi outros se desmotivarem completamente após uma recusa, afetando seu trabalho e, consequentemente, suas chances futuras. A forma como você lida com o resultado, seja ele qual for, é um testemunho de sua maturidade profissional e de seu comprometimento com a empresa e com sua própria carreira. A resiliência é uma das características mais valorizadas em qualquer profissional de compras, e isso se aplica tanto às negociações com fornecedores quanto às internas.

1. O Que Fazer Após um “Sim” ou um “Não” Construtivo

Se você conseguiu o aumento ou o pacote desejado, comemore, mas silenciosamente. Mantenha seu foco e, mais do que nunca, entregue resultados. Supere as expectativas. Provar que a empresa fez um bom investimento ao valorizar você é a melhor estratégia para garantir que futuras negociações sejam ainda mais fáceis. Continue documentando suas conquistas e buscando novas formas de agregar valor. Se a resposta foi um “não”, mas veio com um plano claro de desenvolvimento ou metas a serem alcançadas para que o aumento seja reconsiderado no futuro, encare isso como uma oportunidade. Peça feedback específico sobre o que precisa ser melhorado ou as metas que precisam ser atingidas. Documente esse plano e acompanhe seu progresso. Isso mostra proatividade e comprometimento. Eu, em algumas situações, mesmo com o “não”, saí da reunião com um plano de ação e um prazo para a próxima conversa, e isso foi tão valioso quanto um “sim”, pois me deu um norte e uma meta clara.

2. Gerenciando a Desilusão e Buscando Novas Oportunidades

Se a resposta foi um “não” sem um plano claro, ou se as condições não foram satisfatórias, é natural sentir-se desapontado. No entanto, é crucial não deixar que essa emoção afete seu desempenho no dia a dia. Mantenha a profissionalismo e continue entregando resultados de alta qualidade enquanto avalia suas opções. Este pode ser o momento de reavaliar sua permanência na empresa e começar a explorar o mercado. Use sua rede de contatos, atualize seu currículo e LinkedIn, e explore oportunidades que melhor se alinhem às suas expectativas de valor e crescimento. O mercado para gerentes de compras qualificados é vasto e sempre em busca de talentos que saibam entregar valor. Lembre-se que cada experiência, positiva ou negativa, é um aprendizado. Eu já usei uma recusa como um impulso para buscar um novo desafio que acabou sendo transformador para minha carreira. O importante é aprender com a experiência e seguir em frente com estratégia e determinação, sempre com o objetivo de valorizar seu potencial e sua expertise.

Ao Concluir

Negociar o seu salário, especialmente como gerente de compras, não é apenas sobre o dinheiro; é sobre reconhecer e valorizar o impacto estratégico que você traz para a mesa.

Lembre-se que cada negociação é uma oportunidade de demonstrar sua perspicácia, seu preparo e sua capacidade de argumentação – habilidades que, aliás, são essenciais na sua função diária.

Que este guia seja um farol na sua jornada de valorização profissional, capacitando-o a buscar e a conquistar o reconhecimento que suas contribuições realmente merecem.

Acredite no seu valor, prepare-se minuciosamente e aborde cada conversa com a confiança de um negociador experiente.

Informações Úteis a Saber

1. Sempre que possível, converta suas conquistas em valor monetário para a empresa. Isso fala a linguagem do negócio e justifica seu pedido de aumento de forma inquestionável.

2. Esteja ciente da saúde financeira da sua empresa e do setor em que ela atua. Isso o ajudará a alinhar suas expectativas e a escolher o momento mais oportuno para sua negociação.

3. Considere o pacote de remuneração total, incluindo bônus, benefícios (saúde, previdência, educação) e oportunidades de desenvolvimento de carreira, não apenas o salário base.

4. Mantenha uma rede de contatos ativa com outros profissionais de compras. Trocar experiências e informações sobre o mercado pode fornecer insights valiosos para sua própria negociação.

5. Se a resposta inicial for um “não”, tente obter um plano claro sobre o que você precisa fazer para atingir o nível salarial desejado e um prazo para uma nova avaliação. Isso transforma uma recusa em um objetivo claro.

Resumo dos Pontos Chave

A negociação salarial para um gerente de compras exige preparação meticulosa, baseada em pesquisa de mercado e na quantificação de suas contribuições.

É fundamental apresentar seus resultados em números concretos, focando no valor que você agrega à empresa em termos de economia, otimização e mitigação de riscos.

Escolha o momento certo para a abordagem, preferencialmente após grandes conquistas ou durante avaliações de desempenho. Além do salário base, explore o pacote de compensação completo, incluindo benefícios, bônus e investimentos em desenvolvimento profissional.

Mantenha o profissionalismo e a resiliência em todas as fases, seja qual for o desfecho, para solidificar sua reputação e pavimentar o caminho para futuras oportunidades.

Perguntas Frequentes (FAQ) 📖

P: Como um gerente de compras pode superar a insegurança inicial e a “adrenalina” na mesa de negociação salarial?

R: Ah, essa insegurança é um clássico, não é? A gente se prepara, mas o coração dispara na hora H. O que aprendi na prática é que a melhor forma de combater essa sensação é com uma preparação tão robusta que ela te dê uma blindagem emocional.
Antes de sentar, eu mergulho nos números: qual foi o impacto real dos meus projetos no balanço da empresa? Quanto eu economizei? Como melhorei a eficiência?
Saber isso na ponta da língua, com exemplos concretos e valores monetários, te dá uma confiança inabalável. Lembro-me de uma vez que cheguei achando que sabia tudo, mas a falta de dados específicos me fez gaguejar.
Hoje, eu levo planilhas, gráficos, tudo que comprova o meu valor. E mais, converso com colegas de mercado, vejo salários em sites especializados – ter essa clareza sobre o meu “preço” no mercado tira um peso enorme.
Entender que não é um favor, mas uma troca justa pelo valor que você entrega, muda completamente o jogo.

P: Quais são os argumentos mais eficazes para um gerente de compras justificar um aumento salarial significativo no cenário atual, considerando a digitalização e a IA?

R: No cenário de hoje, onde a digitalização e a IA estão redefinindo tudo, a gente precisa ir além do “eu compro bem”. O meu maior trunfo, e o que sugiro que você use também, é mostrar como você não apenas otimiza custos, mas também impulsiona a inovação e a resiliência da empresa.
Pense nisto: você está usando IA para prever demandas e evitar rupturas? Implementou um sistema que melhorou a gestão de fornecedores em X%? Seus projetos de ESG geraram uma economia de Y ou melhoraram a imagem da marca, atraindo novos parceiros?
Ou, ainda, como você se adaptou a crises recentes, garantindo que a empresa tivesse os materiais necessários mesmo com a cadeia global em xeque? Argumente que você é um estrategista que usa a tecnologia a favor do negócio, um gestor de riscos proativo e um agente de sustentabilidade.
Isso te eleva de um mero comprador para um pilar estratégico que entende e aplica as tendências do futuro.

P: Como a inflação crescente e a competição por talentos influenciam a abordagem da negociação salarial, e qual o papel do autoconhecimento nesse processo?

R: A inflação e a competição por talentos são dois leões que enfrentamos hoje, e eles tornam a negociação ainda mais delicada, mas também mais crucial. Se o custo de vida sobe, seu poder de compra diminui, e isso precisa ser levado para a mesa.
Não é sobre “quero mais”, mas sobre “preciso manter meu padrão e meu valor de mercado em um cenário de custos crescentes”. O autoconhecimento aqui é a sua bússola.
Você precisa saber o seu valor não só em termos de entrega para a empresa, mas também em relação ao seu bem-estar e às suas aspirações de carreira. Pergunte-se: “Estou sendo pago de forma justa pelo que eu faço e pelo que valho para a empresa, considerando o mercado e o custo de vida?” Se a resposta for “não”, você tem um ponto de partida.
Além disso, a competição por talentos te dá poder: se você é um profissional diferenciado, com habilidades raras (como dominar novas ferramentas de IA para compras ou ter uma expertise em cadeias sustentáveis), as empresas farão de tudo para te manter.
Use isso a seu favor, mostrando que você não é facilmente substituível e que o custo de te perder seria muito maior do que o de te valorizar. É um balanço entre a sua percepção de valor e o que o mercado está disposto a pagar por esse valor, sempre com muita segurança no seu taco.